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UMA LÂMPADA ELÉTRICA? O relevo na parede da cripta do templo de Hátor em Dendera que vemos ao lado tem intrigado muitos pesquisadores. O que representa? Poderia ser uma lâmpada elétrica? Teriam sido os sacerdotes egípcios os primeiros a dominarem o poder da eletricidade para iluminar suas tumbas subterrâneas? Alguns acham que sim. Engenheiros eletricistas têm afirmado que a imagem se assemelha a um Tubo de Crookes. Quando este tipo de tubo está em funcionamento, o raio originado onde o fio elétrico do catodo penetra no tubo atinge sua extremidade oposta. Na imagem do templo, o feixe de elétrons está representado por uma serpente esticada. O rabo da serpente começa onde um cabo da caixa de energia entra no tubo e a cabeça da serpente toca a extremidade oposta. Na arte egípcia, a serpente era o símbolo da energia divina. O tubo em si está fixado numa base da qual sai algo parecido com um cabo elétrico. Próximo da extremidade maior do tubo existe um pilar de apoio, muito semelhante a um isolador de alta voltagem moderno, que tem dois eletrodos embutidos no interior dele, perto da serpente. Isto foi identificado por técnicos como sendo filamentos opostos.

TUBO DE CROOKES À direita vemos um Tubo de Crookes e a semelhança com o relevo egípcio é bem grande, mas o povo egípcio realmente poderia ter possuído tal tecnologia avançada? Sim, afirmam alguns engenheiros eletricistas. Os que defendem a hipótese argumentam que nos antigos templos e criptas egípcias há complicadas esculturas, relevos e pinturas de parede em locais onde nenhuma luz estava disponível. Tochas ou lâmpadas a óleo podem ter sido usadas, mas nenhum rastro de fuligem foi encontrado. Algumas tumbas são profundamente subterrâneas e têm um labirinto de túneis e salas que obrigatoriamente precisavam ser iluminados. Não há nenhum lugar para sustentar tochas, porém, e nenhum traço de marcas de fuligem nas paredes ou teto. Entretanto, também se argumenta que a fuligem só se acumularia ao longo de centenas de anos e não apenas no curto espaço de tempo em que os túmulos foram construídos.

TUBO DE CROOKES DE DANIKEN Alguns dos que se opõem e essas teorias acreditam que os egípcios poderiam ter usado uma série de espelhos dirigindo a luz solar para os cantos e as áreas mais fundas das criptas. Os espelhos egípcios eram feitos de cobre polido e testes práticos demonstraram que seriam incapazes de refletir a luz com intensidade suficiente para que ela saltasse por entre vários espelhos e atingisse as entranhas das câmaras subterrâneas. Além disso, a movimentação contínua do sol exigiria um re-ajuste constante do espelho principal. Erich von Däniken, autor do livro Eram os Deuses Astronautas?, construiu um tubo de Crookes copiando o modelo exato do relevo e ele funcionou, como mostrado na foto ao lado.

OUTRO RELEVO DAS LÂMPADAS À direita vemos outro dos relevos que mostram as pretensas lâmpadas. Uma delas está sustentada por uma divindade, enquanto que a outra é suportada por um pilar Djed com braços que, entretanto, não penetram no tubo. Agora vejamos o que diz a egiptologia clássica. O templo de Dendera e sua cripta, na qual se encontram os relevos misteriosos, serve a um único propósito: o ciclo anual do sol, o Ano Novo e suas celebrações. O templo inteiro é dedicado a este tópico. A cripta também tinha uma função prática: servia para guardar as estátuas mostradas nos relevos, as quais seriam levadas para o ar livre durante as cerimônias. Os textos nas criptas não deixam dúvidas quanto a isto. Neles se descreve qual o propósito de cada estátua, tamanho de cada uma delas, de que materiais eram confeccionadas e o que era feito com elas durante a véspera do Ano Novo. Nem os festivais do templo nem os nomes das estátuas têm qualquer relação com lâmpadas ou eletricidade. O que teriam a ver as lâmpadas com a véspera do Ano Novo? As serpentes no Egito nunca significaram luz e o formato oval tinha significado definido: era símbolo do céu matutino, do Duat. A serpente representa, como em muitos outros relevos, o deus do sol matutino, Harsomtus. O hieróglifo do pilar Djed foi usado exclusivamente para as palavras duradouro ou estável durante todo o período da história egípcia. O uso ocasional do símbolo como apoio do céu corrobora este significado. Na representação do tubo o Djed apóia o céu matutino e isto corresponde com precisão às convenções. Assim, em muitos casos nós podemos traduzir Djed por coluna. Não há porque supor que neste caso o significado seja outro.

Pode ser lido diretamente nos textos que descrevem a cena que aquilo que parece ser um cabo elétrico é uma barcaça simbólica do sol, um barco no qual o sol navega pelo céu. Muitas das representações destas barcas consiste apenas de um fio formando um arco e uma popa. Na plataforma horizontal normalmente aparecem deuses e objetos relacionados com o sol e o amanhecer. Um destes objetos conectados com a barcaça do sol, e normalmente localizado na popa, é a flor de lótus e isso é o que se vê em Dendera, interpretado, erroneamente, como o soquete da lâmpada. Os egiptólogos clássicos argumentam que não existe qualquer implicação com o uso de lâmpadas incandescentes elétricas. Todas as imagens e figuras na parede são símbolos egípcios antigos padronizados e cujos significados foram estabelecidos e repetidos ao longo de milênios. As opiniões estão expostas. Agora, como naquele antigo programa da televisão, você decide.

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TEMPESTADE DE AREIA Você apostaria que os antigos egípcios viviam totalmente livres da poluição do ar? Pois perderia a aposta. Estudos recentes feitos em múmias mostraram a presença de particulados nos pulmões de 15 delas. O grupo inclui não apenas trabalhadores comuns, mas também nobres e sacerdotes. Particulados, partículas microscópicas que irritam os pulmões, têm sido associados a uma ampla gama de doenças modernas tais como as cardíacas, do pulmão e até câncer. Elas estão tipicamente ligadas às atividades industriais dos dias atuais como a queima de combustíveis fósseis. Surpreendentemente, todos os 15 corpos examinados mostraram particulados em níveis não muito abaixo do que se esperaria em pulmões do homem atual. A causa do problema parece ter sido a mineração, o trabalho com metais e até mesmo a preparação de alimentos, atividades que podem gerar poluição ambiental. Além disso, o clima egípcio, com seus desertos e tempestades de areia, teria espalhado na atmosfera particulados do solo que poderiam ser inalados facilmente. Acima vemos foto de satélite da NASA que mostra uma tempestade de areia no delta do Nilo.

MANCHAS NA PAREDE Manchas marrom escuras que aparecem nas pinturas da tumba de Tutankhamon, arruinando a face da deusa Hátor e de outras figuras, como exemplificado ao lado, têm sido analisadas em busca de suas causas. A identidade exata das manchas ainda é misteriosa. Uma coisa, entretanto, parece certa: o faraó foi enterrado às pressas, antes mesmo que a tinta das paredes secasse. É verdade que muitas tumbas sofrem com o descascar da pintura e o rachar das paredes. No clima quente e úmido, multidões de turistas entram e saem das cavernas e enquanto as admiram, potencialmente também as ameaçam. Entretanto, estudos químicos identificaram melaninas, que são subprodutos característicos do metabolismo dos fungos, mas nenhum organismo vivo foi achado nas manchas. Os resultados indicam que os micróbios que as causaram estão mortos. Análise de fotos tiradas quando a tumba foi descoberta em 1922 mostra que as manchas marrons não mudaram nos últimos 93 anos. A tinta ainda úmida, juntamente com a comida, a múmia e o incenso na tumba, teriam provido um ambiente propício para crescimento microbiano até que a tumba eventualmente secasse. O que se pretende com tais estudos é prevenir danos, pois uma vez que um artefato histórico comece a se deteriorar o malefício é geralmente irreversível. Outro objetivo era descobrir se a visitação do túmulo estava aumentando as manchas e se elas seriam um risco para a saúde. Ambas as respostas parecem ser não.

ADAGA DE KAMÓSIS Os membros da elite do antigo Egito, inclusive o próprio faraó, provavelmente brandiam punhais ornamentados, espadas e machados nas batalhas para executar os prisioneiros pessoalmente, ou para sacrificar animais, e não apenas para propósitos cerimoniais. Esta conclusão a que chegou uma pesquisa causou estranheza considerando-se a quantidade de literatura que defende a tese de que as armas se destinavam a propósitos ritualistas e nunca eram usadas em batalhas. Foram analisadas 125 armas egípcias: punhais, espadas, pontas de flechas, machados e lanças. Usando microscopia e outras análises laboratoriais, foi possível descobrir evidências de que a maioria delas parece ter sido utilizada de fato e poucas parecem ter apenas objetivo ornamental ou puramente ritualístico. Metade das armas estudadas mostram evidências de desgaste e rachaduras, sugerindo uso. Em algumas delas, como num machado com um entalhe, o desgaste é óbvio; em outras ele é mais sutil, como pequenas fendas na extremidade de uma lâmina. Um artefato interessante estudado, cuja foto vemos ao lado, foi uma adaga de bronze que os arqueólogos acreditam ter pertencido ao faraó Kamósis (c. 1555 a 1550 a.C.) que a usou para vingar a morte de seu pai e antecessor, o faraó Seqenenre Tao II, que fora morto com múltiplos ferimentos. O longo instrumento, quase uma espada, apresenta ranhuras na lâmina e minúsculos cortes em sua extremidade, evidência que sugere que a arma foi realmente usada.





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